Os dados são ativos cada vez mais valiosos para as empresas. Eles contribuem para a definição de estratégias, dizem respeito ao funcionamento da corporação e devem ter seu tratamento alinhado ao regramento da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD).
Sua exposição ou uso indevido pode acarretar sérios prejuízos legais e à reputação da empresa, por isso, é tão importante se atentar à proteção. A tríade da segurança da informação opera nesse sentido e deve definir as bases desses processos em setores de Tecnologia da Informação (TI).
Sendo assim, confira abaixo quais são os pilares que formam essa tríade e saiba como fortalecê-los no tratamento de dados!
O que é segurança da informação?
Segurança da informação é um conceito que abarca os mecanismos, as técnicas e as políticas de proteção de dados. Ele busca assegurar que seu acesso ocorra somente por quem os detém ou tem permissão para tal.
Sua consolidação depende de alguns quesitos importantes, como a criação de barreiras para não exposição ou alteração dos dados, além da garantia de sua integridade durante todo o ciclo de vida.
A aplicação do conceito prevê ainda a manutenção da disponibilidade das informações para quando for preciso utilizá-las, premissa fundamental para corporações, principalmente ao pensar nos contextos contemporâneos de trabalho híbrido e LGPD.
Para isso, os controles e processos de segurança implementados nas empresas devem ser baseados em análises de risco, detectando vulnerabilidades e buscando respostas para evitar o comprometimento da proteção das informações.
A tríade da segurança da informação
A segurança da informação tem como base três pilares: confidencialidade, integridade e disponibilidade. Esses aspectos, também conhecidos como CID, devem ser desenvolvidos simultaneamente e são vitais para o estabelecimento da cultura de proteção de dados. Veja como cada um deles funciona!
Confidencialidade
A confidencialidade é a premissa que garante a privacidade e a proteção dos dados contra acessos indevidos. Esse pilar visa assegurar o sigilo total de informações específicas, evitando que ações maliciosas exponham seu conteúdo, causando prejuízos à corporação.
As medidas de confidencialidade devem ser persistentes e prevalecer em todo o tratamento das informações, sejam elas da empresa ou de titulares que consentiram com as atividades. Elas devem ser empenhadas principalmente na transmissão dos dados e em seu destino.
É necessário olhar para a informação sob o ponto de vista do risco, pensando em como sua publicação ou mau uso podem representar danos à empresa, sejam em sua imagem, financeiros ou contratuais.
Integridade
A premissa de integridade está associada à confiança e consistência dos dados. O foco maior está em garantir que as informações se mantenham exatas, sem erros e livres de alterações não autorizadas, para que possam ser empregadas de maneira segura pela corporação.
A integridade pode ser comprometida de várias maneiras. Por isso, cada vez que os dados são replicados ou transferidos, é preciso se certificar de que eles permanecerão intactos e inalterados.
Ambientes que cumprem com esse atributo de segurança devem garantir que atacantes externos ou mesmo erros não intencionais não consigam alterar e corromper os dados.
Disponibilidade
Esse pilar da segurança da informação visa manter os dados ativos e disponíveis para serem usados quando for necessário, com desempenho adequado. É um aspecto importante para a melhora da continuidade do negócio, já que busca minimizar impactos de problemas nas operações da empresa.
Isso porque, com a popularização dos sistemas de informação, qualquer queda em disponibilidade pode inviabilizar contatos, vendas, contratos e outras ações, além de prejudicar o relacionamento com os clientes.
Entre as características da disponibilidade destacam-se a pontualidade, que pressupõe o desimpedimento dos dados no tempo necessário, e a robustez, que garante capacidade suficiente de acesso simultâneo para todos os usuários autorizados.
A importância dos pilares
Por causa das restrições impostas pela pandemia de covid-19, muitas empresas começaram a operar em modelos de trabalho home office ou híbrido, levando as informações para fora do perímetro tradicional de sua sede.
Essa pulverização dos dados demanda ainda mais esforços das equipes de TI, já que é preciso manter o nível de segurança nas operações da empresa e atividades de tratamento. Para isso, ter como norte os requisitos citados acima pode ser uma excelente saída, pois eles contribuem muito para a solidificação da proteção.
O aumento no número de crimes cibernéticos também é outra prova da importância das premissas de segurança da informação. Conseguir manter os dados da empresa longe de hackers e com acesso totalmente controlado permite evitar ataques como o ransomware.
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Diminuir as chances de fraudes internas, por meio da implementação de uma cultura de segurança na corporação, com treinamentos para os colaboradores e estabelecimentos de privilégios para a realização de suas atividades, é outro ponto significativo da aplicação do conceito.
A LGPD também é um aspecto que mostra a relevância de prezar pela segurança da informação. A legislação prevê sanções administrativas e multas para os casos de violação e tratamento de dados indevidos ou não consentidos.
O regramento se aplica para empresas de qualquer porte e opera na mesma direção da tríade, estabelecendo a necessidade de se manter a integridade, a privacidade e a disponibilidade dos dados, durante sua vida útil e para as aplicações consentidas.
Como reforçá-los?
Os pilares da segurança da informação ajudam a preservar um bom nível de proteção dos dados e nas atividades de tratamento realizadas pela empresa. Por isso, é fundamental reforçá-los nos processos e operações. Confira como isso é possível!
Aumentando a confidencialidade
Implementar sistemas de controle de acesso para limitar as ações e privilégios dos usuários que utilizam os sistemas de informação é um bom exemplo de movimento para garantir a confidencialidade. Também é preciso revisá-los periodicamente.
Com esses recursos de controle, o administrador da rede pode garantir a autenticação, a autorização e facilitar a auditoria por meio do registro dos logs.
Outra medida importante é realizar uma classificação dos dados, definindo quais são de acesso público, de uso interno, restritos ou confidenciais. Assim como os recursos físicos de uma organização devem ser inventariados, as informações que trafegam pela rede e que são armazenadas localmente ou em nuvem devem ser catalogadas.
Em relação à infraestrutura de rede e utilização de sistemas em nuvem, é importante trabalhar com soluções com criptografia de dados fim a fim. Esse recurso transforma as informações em códigos, que impedem a leitura por pessoas não autorizadas.
Desta maneira, apenas quem envia e quem recebe tem acesso a determinado arquivo, ou apenas quem tem uma “chave” pode realizar a leitura.
Para evitar roubos de identidade e acessos indevidos, é importante implementar uma política de senha forte, além de autenticação em dois fatores ou outras opções, como verificação biométrica ou tokens.
Realizar treinamentos para a equipe para evitar hipóteses de exposição de dados, manter políticas de mesa limpa e de controle de acesso físico em áreas restritas também são boas medidas.
Fortalecendo a integridade
A integridade estabelece a confiabilidade dos dados em todo o seu ciclo de vida. Verificação de erros e validação, por exemplo, são métodos comuns para garantir a não corrupção dos dados como parte de um processo.
O controle das versões e de cópias shadow pode ser utilizado para permitir que mudanças incorretas ou exclusão acidentais por usuários possam ser restauradas do ponto anterior.
Como última fronteira e medida contra a perda de dados, é imprescindível realizar o backup para garantir o processo de restauração. Sistemas profissionais de cópias de proteção possuem validação de checksum e verificação cíclica de segurança para garantir a integridade nos pontos de recuperação.
Além da integridade física das informações, é importante contar com sua inatingibilidade em sistemas de gerenciamento de banco de dados. Esses recursos devem evitar erros de consistência com duplicações, garantir a precisão e o formato correto para o campo esperado.
Assegurando a disponibilidade
Para evitar apagões em sistemas de informação e, consequentemente, a interrupção das operações nas empresas, é importante contar com sistemas de armazenamento local ou em nuvem, com facilidade de crescimento e redundância de discos, como os do tipo RAID (Redundant Array of Independent Disks).
Também é preciso contar com links para internet redundantes, com largura de banda compatível com a necessidade, principalmente para aplicações de e-commerce. Além disso, é essencial montar um Plano de Recuperação de Desastres (PRD), que contém procedimentos e planos de ação para administrar crises.
Uma medida importante e que corrobora com a integridade é contar com sistemas de backup corporativos e gerenciados. Esses recursos, em especial os com armazenamento fora do ambiente da empresa, são fundamentais para a recuperação de dados em casos de incidentes.
Para os hardwares de missão crítica, como servidores de rede e firewall, também é imprescindível contar com equipamentos de reserva e contrato de garantia estendido com os fabricantes.
Aplicar os três pilares da segurança da informação no tratamento de dados e processos de TI diminui significativamente as chances de prejuízos advindos de seu vazamento, alteração ou mau uso. E contar com backup escalável, com alto nível de proteção e suporte especializado, contribui muito para isso.
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