Não importa o porte ou segmento, toda empresa gera e utiliza informações no exercício das atividades diárias. Por isso, estão sujeitas a vários riscos. Para evitar perdas de dados, monetárias e até de reputação, muitas organizações utilizam o plano de recuperação de desastres. Você já ouviu falar nele?
Se ainda não, neste conteúdo, você vai entender como esse documento pode auxiliar na proteção dos dados e garantir a efetividade das operações. Também vai encontrar dicas valiosas para elaboração de um plano e saber como fortalecer a segurança da infraestrutura de TI. Boa leitura!
O que é plano de recuperação de desastres?
O plano de recuperação de desastres em TI (PRD) também conhecido pelo termo Disaster Recovery (DR) é um documento que centraliza todas as estratégias e ações em casos de falhas e incidentes. Este plano contém instruções para reagir e minimizar os efeitos em caso de desastres,protegendo as informações da empresa em diversas situações, como ataques cibernéticos, falhas técnicas, anomalias de software, desastres naturais e erros humanos.
Por exemplo, se um servidor importante falhar, o plano vai orientar a equipe sobre o que fazer para restabelecer os serviços o mais rápido possível, minimizando impactos negativos e normalizando a situação.
Como ele funciona na prática?
O plano de recuperação de desastres é como um “mapa de emergência” para a equipe de tecnologia. Quando ocorre uma situação crítica, ele serve como orientação, dispondo os passos a serem seguidos para restaurar a funcionalidade do sistema, diminuindo os prejuízos provocados por downtime.
Isso quer dizer que, para ser efetivo, é preciso preparo e conhecimento sobre a infraestrutura de TI utilizada pela organização, já que todos os componentes podem estar sujeitos a falhas e incidentes em momentos de crise.
Além disso, é comum que o plano seja constantemente revisado, em busca das melhores práticas. Isso porque ele concentra todo o conhecimento da equipe de TI responsável por aplicar as ações de restauração ou recuperação após a ocorrência de desastres.
Por que o plano de recuperação de desastres é importante?
Podemos dizer que o ponto central de atuação do plano é garantir a continuidade operacional. O que, por sua vez, certifica a confiabilidade dos serviços e a proteção dos dados da empresa. Mas não para por aí; a seguir, conheça outras vantagens.
Minimiza interrupções nas operações
Com o plano em vigor, a equipe tem uma série de ações previamente planejadas para restabelecer qualquer sistema. Essa resposta rápida permite a correção do problema, além de diminuir os prejuízos financeiros e de reputação que a organização pode enfrentar.
Quando a inatividade demora muito, o relacionamento com os clientes e a reputação corporativa também são prejudicadas, e não somente a produtividade dos colaboradores.
Reduz custos
Durante a fase de estruturação do PRD, é possível estudar quais são as abordagens mais efetivas e econômicas. Dessa forma, a equipe adquire um entendimento abrangente sobre as ferramentas de recuperação, além de evitar gastos impulsivos em momentos de tensão.
Detecta potenciais novas ameaças
O processo de análise de riscos em potencial permite que a instituição trace rotas para lidar com possíveis ameaças. Essa abordagem proativa ajuda a empresa a se preparar para os momentos de detecção e correção de perigos diversos.
Estabelece meios alternativos de operação
O também prevê a implementação de meios alternativos de operação, como sistemas de backup, servidores redundantes ou o uso de serviços de nuvem. Essas estratégias garantem a continuidade das operações mesmo quando a infraestrutura principal é afetada, mantendo os serviços disponíveis para clientes e parceiros.
Traz mais segurança aos dados
O reúne medidas que protegem a integridade e confiabilidade das informações, como a criação de backups regulares, a aplicação de criptografia em dados sensíveis e a adoção de protocolos avançados de segurança. Todas essas providências previnem perdas ou vazamentos de informações valiosas para a empresa e seus clientes.
Proporciona restauração rápida do serviço
Com o plano em mãos, a equipe de TI pode agir de forma rápida e coordenada, seguindo os passos previamente planejados. Isso permite uma restauração ágil do serviço, o que minimiza o tempo de inatividade e garante que a empresa retorne às operações normais o mais breve possível após um incidente.
Como montar uma estratégia de recuperação de desastres?
Montar um plano de recuperação de desastres exige planejamento cuidadoso e uma abordagem proativa. Pensando nisso, separamos os principais passos para obter uma estratégia de disaster recovery eficiente.
1. Mapeamento de riscos
Antes de pensar nas estratégias de recuperação, é preciso entender quais são os riscos que podem afetar toda a infraestrutura do negócio. Isso envolve a análise detalhada dos sistemas críticos, das vulnerabilidades e dos cenários de desastre que podem ocorrer.
Para isto, será importante realizar o levantamento de ativos e, com esse mapeamento, priorizar os riscos e planejar ações específicas para cada situação. Esta etapa deve ser encarada como cíclica, ou seja, sempre precisa ser revisitada em caso de alterações na força de trabalho, adoção de novas tecnologias, sistemas, itens de hardware ou demais circunstâncias em que se faça necessária uma nova análise.
2. Avaliação das necessidades críticas
É fundamental realizar uma avaliação detalhada dos elementos essenciais para as operações da empresa. Identificar quais recursos e sistemas são de prioridade máxima em caso de desastre permitirá traçar o melhor plano de ação para restabelecer a normalidade rapidamente.
3. Treinamento da equipe
Um elemento crucial é capacitar a equipe para agir de forma eficiente e coordenada durante uma situação adversa. É comum que, no PRD, estejam listados profissionais específicos para cada ação. Todos eles precisam estar familiarizados com o documento, os processos e as responsabilidades na hora de agir.
4. Procedimentos de restauração
É fundamental desenvolver procedimentos detalhados para restaurar os sistemas e serviços afetados. Testes periódicos são uma boa saída para entender a efetividade das ações. Cada passo da recuperação deve ser documentado, permitindo que a equipe siga um plano estruturado para restabelecer a funcionalidade do ambiente de TI.
Esses procedimentos podem incluir a utilização de backups, a reconfiguração de servidores e a aplicação de correções técnicas. Se houver a necessidade de revisão das ações, tudo precisa ser registrado e estudado, em uma espécie de auditoria de plano de contingência e de recuperação de desastres.
Métricas, como Recovery Time Objective (RTO) e Recovery Point Objective (RPO), podem auxiliar na compreensão da efetividade do plano. A partir desses indicadores de desempenho, é possível chegar ao tempo máximo aceitável para restaurar os serviços após um desastre (RTO) e o ponto no tempo em que os dados precisam ser recuperados para evitar perdas significativas (RPO).
5. Teste do Plano de Recuperação de Desastres
Para o planejamento ser bem-sucedido, é importante testar e reavaliar regularmente o PRD e a restauração dos principais sistemas de TI. A simulação de desastres envolvendo a equipe de TI deve ajudar na estimativa do tempo necessário para o RTO e preparar a equipe para situações reais.
6. Adesão ao cloud computing
A utilização de serviços de computação em nuvem é um item indispensável para uma estratégia de recuperação de desastres rápida. Ao armazenar dados e sistemas críticos em cloud, a empresa garante a disponibilidade imediata de informações mesmo em caso de falhas locais, além de poder isolar ambientes de dados e fortalecer a segurança.
A nuvem oferece redundância e escalabilidade, tornando-se uma solução confiável para manter as operações durante um desastre. Com a adesão ao cloud computing, a empresa assegura a continuidade dos serviços essenciais e possibilita uma recuperação mais ágil e eficiente em momentos críticos.
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