Você sabe como funciona a virtualização de servidores e como essa tecnologia funciona de modo geral? Esse é o tema do texto de hoje, que busca, inclusive, mostrar quais as diferenças entre a virtualização e a nuvem.
Diante disso, precisamos começar abordando o que é a virtualização, para avançarmos a questão para outros pontos mais específicos. Boa leitura!
O que é virtualização?
A virtualização é uma técnica utilizada para fornecer uma versão virtual das tecnologias essenciais, como servidores, armazenamento e até rede. Um dos usos mais comuns é o de hardware, na qual os recursos físicos da máquina são representados por software.
Para redes, é possível criar uma estrutura lógica sobre a própria rede tradicional, esse processo é chamado de SDN, a sigla para Software Defined Network, ou Rede Definida por Software, que gerencia o plano de controle de forma centralizada.
Já na utilização para armazenamento, como é o caso dos servidores e Workstations (estações de trabalho), o resultado são as Virtual Machines (VMs), ou apenas, máquinas virtuais.
É justamente essa prática que permite a aplicação da cloud computing, a computação em nuvem. Vamos abordar esse tópico mais para frente, por ora, vamos entender como tudo isso funciona?
Como funciona a virtualização?
Utilizando da arquitetura de software para criar uma camada de abstração sobre o hardware do computador, a virtualização de servidores permite que esses recursos de um único servidor sejam divididos entre diversas VMs.
Esse processo é composto por três componentes principais:
- Hospedeiro: ou Host, uma máquina física, geralmente na solução de virtualização, estamos falando aqui de um servidor;
- Convidado: ou Guest, o sistema operacional que será executado na máquina virtual criada no hospedeiro;
- Camada de Virtualização: também chamada de hypervisor, um software que permite que o convidado seja instaurado no hospedeiro.
Hypervisor
Essa abstração na virtualização é resolvida com uma camada de software, chamada hypervisor, que dissocia as máquinas virtuais do host e aloca dinamicamente os recursos de computação em cada uma dessas máquinas, conforme a necessidade.
Os hypervisors garantem também que as máquinas virtuais não interfiram umas nas outras e gerem conflito por espaço de memória e ciclos de processamento, por exemplo.
Existem dois tipos de hypervisors: o bare metal (ou tipo 1) e o hospedado (ou tipo 2). Os do tipo Bare Metal permitem uma execução direta sobre o hardware, substituindo por completo o sistema operacional.
Alguns dos hypervisors Bare Metal mais utilizados:
- VMware: ESXi (gratuito), VMware ESX
- Xen (open source)
- Citrix XenServer (gratuito)
- MS Hyper-V (gratuito)
- KVM (gerenciado com Proxmox VE)
- Nutanix AHV (gratuito)
E os do tipo hospedado, que são executados como um software sobre um sistema operacional. Desta forma o hypervisor tem controle limitado sobre o hardware. As soluções que utilizam esse tipo de hypervisor são as mais populares, pois não requerem que o sistema operacional nativo seja substituído.
Como exemplo, temos:
- VMware: Player (gratuito) / Server (gratuito) / Workstation
- Parallels Desktop / Workstation
- Oracle: VirtualBox (gratuito), VirtualBox OSE (open source)
- QEMU (open source)
Devido a sua elasticidade, o modelo hospedado é mais utilizado. Além de se tornar opção financeiramente mais viável, já que a infraestrutura do bare metal requer a dedicação de uma máquina exclusiva.
O que pode ser um desperdício, pois muitas vezes a empresa nem utiliza toda a capacidade de um servidor. Dessa forma, temos uma alta disponibilidade, mas grande parte da máquina fica ociosa.
Principais características da virtualização de servidores
Dentre as principais características da virtualização de servidores e a utilização de VMs, destacam-se o particionamento, isolamento, encapsulamento que combinados, geram a independência de hardware.
A execução de diversos sistemas operacionais em uma mesma máquina física é possível graças ao particionamento, que também permite a divisão de recursos do sistema entre as máquinas virtuais. Otimizando a capacidade de uso de um servidor.
Enquanto o isolamento, diz respeito à proteção de potenciais falhas e riscos no nível de hardware em que a VM é executada. Mantendo, assim, alto desempenho por meio de controles avançados de uso dos recursos.
Além disso, as máquinas virtuais podem ser transferidas de um ambiente a outro em virtude do encapsulamento, que permite a cópia integral de todo o estado da máquina em arquivos.
Diferenças entre virtualização e computação em nuvem
Não é raro que se confunda a virtualização com cloud computing, afinal ambas visam a criação de ambientes por meio de recursos de abstração. Por mais que essa semelhança possa confundir algumas pessoas, precisamos ter em mente alguns fatores.
O primeiro deles é a diferença entre suas infraestruturas de abstração: enquanto a virtualização atua a nível de hardware, a nuvem opera em nível de rede. Portanto a cloud é uma metodologia que se beneficia da tecnologia de virtualização para seu funcionamento, orquestrando esses ambientes.
Além disso, para a execução da virtualização é necessário a interação humana, ou seja, ela exige que um profissional seja responsável pela configuração e gerenciamento das VMs no servidor.
Já a computação em nuvem é automatizada e essa interação é feita por meio das APIs (uma interface de configuração de aplicações). O resultado dessa automação é o que confere à nuvem sua alta escalabilidade.
Vantagens da virtualização de servidores
Com a evolução das práticas corporativas devido à transformação digital, e a evolução da área de TI, a virtualização é uma solução muito oportuna. Ela permite a criação de ambientes seguros, isolados e personalizáveis para empresas com alta carga de trabalho.
Um dos atrativos principais para quem gerencia uma empresa é a redução de custos. Visto que o uso dessa tecnologia permite a diminuição de gastos com mão de obra como hardware, manutenção de data center, eletricidade e até com funcionários.
Porém, essa não é a única vantagem, afinal a virtualização simplifica o gerenciamento da TI, aumenta a agilidade para disponibilizar novos hosts e otimiza o uso dos recursos. Podemos citar também:
- Escalabilidade: com a alocação dinâmica de recursos é possível atender os picos de uso das aplicações;
- Portabilidade: realizar o deploy de uma VM é mais rápido do que instalar um sistema operacional do zero em servidor físico, além da mudança de configurações e instalação da aplicação;
- Disponibilidade: com as máquinas virtuais é possível criar um snapshot a qualquer momento, facilitando a restauração para o estado íntegro em caso de desastres ou ataques de ransomwares;
- Backup: é possível realizar backup a quente ou em repouso de VMs, com agendamento automático e compactação de arquivos em nível de bloco para imagem incremental.
Se você, como provedor de serviços de TI, busca formas mais eficazes para a gestão da infraestrutura de tecnologia da informação, a virtualização pode ser uma boa alternativa.
Apesar disso, talvez um próximo passo seja necessário para atender de fato as necessidades das corporações que você atende. Para isso, é bom efetivar boas parcerias que contribuam ativamente para uma melhor prestação de serviços.
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