Desde lousas inteligentes, iPads, plataformas de E-learning, como escolas do ensino fundamental ao ensino médio desenvolvem maneiras novas e empolgantes de inserir o uso da tecnologia na sala de aula. Não raro, como escolas de referência complementam o currículo escolar com aulas de informática para crianças, além de cursos de robótica, lógica e programação. A educação 4.0, também conhecida como revolução digital, coloca alunos e professores em rede, com um aprendizado contínuo, dentro e fora da sala de aula.
De fato, na “Pesquisa sobre o uso das Tecnologias de Informação e Comunicação nas escolas brasileiras – TIC Educação 2018” [1] realizada pelo NIC.BR, 98% das escolas de comércio em áreas urbanas não possuem ao menos um computador com acesso à Internet para apoiar tanto nos processos administrativos, como nos pedagógicos para os alunos ou para a formação do professor.
O uso da tecnologia na educação somente tende a aumentar, com os professores se capacitando mais para utilizar computadores e a Internet para aprimorar seus conhecimentos sobre a integração de tecnologias aos processos de ensino.
Os processos administrativos de gestão escolar tornam-se também eficientes, com sistemas de ERPs customizados para uma área de educação. A comunidade escolar, com o envolvimento dos pais, ganha facilidades de acesso on-line para matrículas, além de acompanhar a evolução do seu filho com acesso à boletins com notas, frequência e quadro de avisos.
Com a oferta de links com maior capacidade e menor custo para as escolas, a tendência é apenas aumentar o uso de serviços em nuvem para o ano de 2020. Na figura abaixo, observa-se a melhora ano da banda de Internet para as escolas no Brasil.
Os administradores de TI das escolas devem garantir que suas redes sejam otimizadas e capazes de fornecer demandas crescentes dos usuários, impulsionadas por mais dispositivos conectados e novos sistemas. Simultaneamente, eles devem tomar medidas para preservar a segurança da rede sem compromisso do uso da tecnologia na educação. E eles devem fazer tudo da maneira mais eficiente possível.
Veja neste post algumas estratégias que os administradores de TI podem adotar para tornar suas redes rápidas e seguras.
Conte com serviços gerenciados de TI
Conte com um provedor de serviços gerenciados (MSP) que pode atender às tarefas operacionais críticas para a operação da sua rede.
O MSP será o braço direito da área de TI da escola, e será importante selecionar um parceiro de qualidade e capacitado com as principais tecnologias utilizadas pela gestão escolar.
Vale ressaltar que, ao contratar um MSP, você como administrador de TI não renuncia ao controle e à responsabilidade gerencial pelas operações terceirizadas. Além disso, você escolhe exatamente quais serviços de suporte gerenciado e proativo, aumento o nível de satisfação dos alunos, professores, gestores escolares e pais.
Os MSPs beneficiam de sua TI com a redução de custo operacional, maior capacidade de atendimento, além de disponibilizarem soluções em nuvem profissionais e atualizadas.
Analise o desempenho da rede
Encontrar a causa raiz de problemas de desempenho inesperados pode se tornar uma tarefa bem difícil.
Identificar os gargalos da rede e quais dispositivos, aplicativos ou componentes da sua rede que escola afetando o desempenho requer uma topologia de rede documentada e monitorada. Para tornar a tarefa mais complexa, em alguns momentos será necessário responder se a queda de desempenho está na rede local ou no acesso de sistemas hospedados em nuvem, como no ERP ou nas plataformas de EaD (Ensino à Distância), no Google Classroom ou no Office 365 Education, por exemplo.
Confie em alertas
Implemente sistemas de monitoramento e geração de alertas para os dispositivos e sistemas conectados na sua rede para observar a segurança e qualidade da sua rede.
O monitoramento da rede poderá abranger desde os componentes mais críticos da sua rede escolar, como switches e roteadores, além de dispositivos de missão crítica como servidores, computadores e até mesmo os sistemas de controle de acesso dos alunos.
O monitoramento deve atingir também a camada dos serviços e aplicações disponíveis medindo a sua disponibilidade e performance para o usuário final.
Além dos alertas, a prática do monitoramento de rede centraliza os dados coletados, transformando estes dados em gráficos simples e objetivos para que o administrador e o MSP possam acompanhar o desempenho da aplicação.
Segurança dos dados
Resguardar as informações mais sensíveis com cópias de segurança é a primeira tarefa de um administrador de redes para manter o ambiente escolar disponível e seguro.
Por diferentes formas e severidade de risco para a perda de dados, a sua rede pode ser afetada por algum ataque de ransomware, queima de servidor, perda de dados por imperícia de algum funcionário, desastres no ambiente provocada por descarga elétrica, enchentes e outros, além de roubo de equipamentos.
Imagine as seguintes situações: pane nos servidores da escola, ataque hacker e exclusão acidental, por algum dos funcionários, de documentos-chave para o funcionamento da escola. Agora, considerando a realidade atual da sua escola, faça o seguinte questionamento: ela estaria devidamente preparada para lidar com esses cenários de risco?
No planejamento da sua TI, a segurança da informação é uma preocupação central para aumentar a eficiência e minimizar riscos. Com esse objetivo, a política de backup é um documento elaborado para guiar a TI em todas as decisões relativas ao armazenamento de dados, garantindo que cópias de segurança estejam disponíveis sempre que preciso.
Junto com o seu MSP, você poderá definir na sua política de backup:
- Quais os dados a serem armazenados?
- Qual a tecnologia de backup que será utilizada?
- Qual a frequência com que o processo será executado? Será necessário mais de um ponto de recuperação por dia?
- A capacidade de armazenamento escolhido para backup, que deve levar em conta o volume de dados gerados por cada operação. Qual é a disponibilidade de armazenamento em mídia local e em nuvem?
- Definição da melhor estratégia de backup a ser aplicada (diferencial, completo ou incremental)?
- Definição dos responsáveis por acompanhar se a política está sendo realmente colocada em prática. Monitoramento 24 X 7 e geração de alertas em caso de falhas.
Faça um inventário junto com as pessoas chave da gestão escolar e revise as normas para certificar quais arquivos do acervo escolar são importantes para armazenar e apontar na política de backup, com período de retenção em muitos casos de forma permanente.
Por exemplo, alguns arquivos requerem atenção especial da TI:
- Normas, regulamento e estatutos;
- Projetos pedagógicos dos cursos;
- Matriz curricular;
- Calendário acadêmico;
- Matrículas, notas, transferências etc.;
- Inventário de bens;
- Dados do sistema administrativo (ERP) e banco de dados.
Plano de Capacidade
Um relatório recente do The Consortium for School Networking (CoSN) indica que, nos próximos anos, 38% dos estudantes usarão, em média, dois dispositivos em sala de aula. Esses dispositivos, combinados com as ferramentas que os professores estão usando, podem demandar muito a largura de banda da sua rede.
Imagens com maior capacidade, vídeos tutoriais, novas aplicações hospedadas na rede local e na nuvem, a Internet das Coisas (IoT) no ambiente escolar exigirão cada vez mais uma rede bem gerenciada e segura. A rede deve estar preparada para atender picos de utilização, como eventos e webinars simultâneos.
Sem planejamento da sua TI uma revisão periódica do Plano de Capacidade, que pode ser atualizado semestralmente. Os administradores de TI das escolas podem focar o seu tempo nas novas estratégias e uso de tecnologias, e contar com a operação e gestão da rede com serviços profissionais de MSPs.
Por Yuri Amorim, Marketing, DataSafer
Referências
[1] Pesquisa sobre o uso das Tecnologias de Informação e Comunicação nas escolas brasileiras – TIC Educação 2018, publicação MIC.BR/CETIC.BR, URL https://www.cetic.br/publicacao/pesquisa-sobre-o-uso -das-tecnologias-de-informacao-e-comunicacao-nas-escolas-brasileiras-tic-educacao-2018 /